quinta-feira, 27 de junho de 2013

Como a Itália parou a Espanha com a bola rolando

Por Paulo Pelanda




É inegável a qualidade da seleção da Espanha quando tem a bola no pé. A equipe de Vicente Del Bosque consegue, em média nas suas partidas, cerca de 65% de posse de bola, sem deixar a outra equipe ter espaço para jogo.

Durante seus anos no comando da seleção espanhola, Del Bosque tentou colocar na cabeça de seus jogadores que com a bola no pé, a equipe teria poucas chances de sofrer um gol, e com sucesso, os jogadores aceitaram a ideia.

Porém, nesta partida contra a Itália, válida pelas semifinais da Copa das Confederações, em que a Espanha venceu nas penalidades, a “azurra” (como é conhecida a seleção da Itália), conseguiu acabar com essa hegemonia espanhola com a bola nos pés.

Na imagem abaixo, temos a explicação de como o técnico Cesare Prandelli, da Itália, conseguiu tirar a bola dos pés da seleção de Del Bosque, e durante a partida, levar muito perigo à meta de Casillas. A ideia decomo evitar a posse de bola espanhola já havia sido dita por Dado Cavalcanti (técnico do Paraná Clube), que afirmava que isto poderia ser um tiro no própriopé, já que daria espaço aos atacantes espanhóis. Clique e confira.

A ideia de Prandelli era adiantar Candreva e Marchisio para não deixar os bons laterais Arbeloa e Jordi Alba (uma das principais peças ofensivas da Espanha) ir para o ataque. Com a chegada de Maggio e Giaccherini, ele conseguia levar perigo à meta espanhola.





Durante a partida, a Itália foi melhor, porém nas penalidades, a equipe não teve a mesma competência para segurar a Espanha, e após Bonucci desperdiçar a sétima penalidade, Jesús Navas foi para a bola e não decepcionou: marcou e classificou a Espanha para a final. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Técnico e maestro: as caras e bocas de Felipão

Vibrante. Esta palavra pode definir o treinador da Seleção Brasileira, Luis Felipe Scolari ou, simplesmente, Felipão. Suas "caras e bocas" durante a vitória do Brasil sobre o Uruguai, por 2 a 1, em partida válida pelas semifinais da Copa das Confederações, não passaram despercebidas.


Felipão e comissão técnica do Brasil comemorando o gol da classificação. (Foto: UOL)

Campeão mundial de 2002, o treinador sempre foi marcado pela vibração fora das quatro linhas, e com a força que pode fazer sua equipe reagir. "A minha participação é a que sempre tive. Eu vibro, participo, eu gosto. Recebi agora pouco um elogio do Marco Aurélio Cunha (ex-dirigente do São Paulo). Ele me disse que a vibração da comissão técnica e dos jogadores faz com que ele sinta orgulho da Seleção. Isso é um elogio", afirmou o técnico.

Com apenas cinco minutos de partida o treinador já estava em pé no banco de reservas, gritando, vibrando e o principal, incentivando os jogadores da seleção, que aos 41 minutos da primeira etapa abriu o placar com o atacante Fred. Após o gol, Felipão se sentou novamente, mas não por muito tempo.


Felipão e suas caras e bocas. (Foto: UOL)
                           

No começo da segunda etapa, o Uruguai chegou ao empate com Cavani. E o treinador mudou seu modo: levantou do banco de reservas. Com a entrada de Bernard, o técnico sentiu que a equipe precisava de apoio, já que estava crescendo na partida. O gol de Paulinho, ao fim do jogo, tranquilizou Felipão, classificado para a final da Copa das Confederações.

"Nos últimos dez anos, depois da Copa do Mundo, acho que foi o jogo mais emocionante. Posso me lembrar de um Coritiba e Palmeiras, na Copa do Brasil, mas hoje os jogadores fizeram pela torcida. Ela foi fundamental, fez com que a gente superasse as dificuldades. Foram os torcedores que carregaram o time. É bom saber que Belo Horizonte também nos recebe de forma calorosa", finalizou.

Por Paulo Pelanda